terça-feira, 13 de março de 2012

Rûmi (1207-1273)


Conhecido na Turquia como Mevlânâ ("Nosso Mestre"), este homem foi um dos maiores poetas místicos de todos os tempos e destaca-se dentre todos os outros por inundar seus poemas com o "traço da generosidade divina" (LUCCHESI, M., 2007).


"Se desejais chegar à casa da alma, 
buscai no espelho o rosto mais singelo."

 Ele viveu em Konya a maior parte de sua vida. Lá criou a dança cósmica ou concerto espiritual,o Sama, praticada até os dias atuais pela ordem sufi Mevlevi, conhecida também como os dervixes rodopiantes.





O Sema é uma das técnicas mentais-corporais utilizadas no Sufismo com o objetivo de abrir a mente e o coração do individuo para o seu potencial maior (CAMARGO, G.G.A., 2010).
O Sufismo tem como objetivo purificar o coração humano e dessa forma, unificá-lo com o Amado. Segundo Vitray-Meyrovitch (1990), fundamenta-se sobre a noção alcorânica do mistério, pois é enfatizada a necessidade de crer numa outra dimensão das coisas.

"A sabedoria de Deus em seu destino e decreto.
Nos fez amantes uns dos outros.
Em razão desta ordem pré-eterna
Todas as partículas do mundo são criadas aos pares
E se enamoram de seus parceiros."

É importante dizer que algumas correntes muçulmanas não veem o Sufismo com bons olhos, mas cada vez que me aproximo mais deste conhecimento, saio embriagada de amor. 
Durante minha primeira estadia na Turquia não tive a oportunidade de ver o Sema, pois eu desconhecia tamanha beleza. Mas quando retornei em 2013, pude assistir ao Sema em uma tekkia em Bursa: EMOCIONANTE!

Dele, eu tomo a sábia frase:

"O que fazer se não me reconheço: Não sou cristão, judeu ou muçulmano (...). O meu lugar é sempre o não-lugar, não sou do corpo, da alma, sou do Amado.
Minha religião é o Amor." 









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